'Segunda Revolução' foi sufocada pelas tropas bem organizadas de Yuan Shi-k'ai, que a 14 de Agosto de 1913 ocupam Cantão e põem fim à secessão das províncias rebeldes. O Governador-Geral de Guangdong, LongChai-kuang, era claro afirmando numa comunicação ao cônsul português em Cantão que os republicanos procurados se encontravam indubitavelmente em Macau e acrescentando ter podido verificar com certeza 'que às ocultas se reúnem ali para aliciar adeptos tendo fixado até o dia para virem a Cantão fazer a revolução.' O pedido formal de extradição desencadeou o consequente inquérito a cargo da RAS, dirigida então pelo advogado Constâncio José da Silva. Qualquer ideia de zelo no cumprimento do pedido do Governador-Geral de Cantão estava à partida afastada, mas mesmo assim as formalidades legais tinham que ser cumpridas e os agentes secretos da RAS puseram-se em campo, concluindo que Sun Iat Sen, Ch'eng Chiu Meng e Sun Mei não residiam no Território, conclusão óbvia quanto aos dois primeiros, mas que já o não era relativamente ao irmão mais velho de Sun Iat Sen, que de facto tinha não só a sua residência em Macau, como esta era bem conhecida dos agentes e até do próprio chefe da RAS. As diligências policiais concluíram apenas pela presença em Macau de dois elementos menores do partido republicano, os irmãos Chan Chang-iu e Chang Chec-iu. Sanches de Miranda, no entanto, não parece ter ficado satisfeito com o resultado das diligências notoriamente simplistas para a gravidade do caso, ordenando a Constâncio José da Silva que continuasse. Ao mesmo tempo chama ao Palácio da Praia Grande Lou Lim Iok a fim de debater o caso. De facto, tanto Lou Lim Iok como seu irmão limitavam-se a verter formalmente para o processo informações inócuas que eram do conhecimento público, mas que ao mesmo tempo permitiam ao governo de Macau mostrar uma aparência de cooperação relativamente ao governo de Cantão. É assim que, a 20 de Dezembro de 1913, Sanches de Miranda pode responder ao governador da província de Guangdong, dizendo que os principais suspeitos não se encontravam em Macau e que os outros que também conspiravam 'se encontravam sob vigilância não permitindo qualquer acto de desestabilização contra a China.'

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Data de atualização: 2019/08/06