Sou o António Manuel. Eu nasci em 1931. Esta loja abriu em 1943, e eu costumava trabalha para o governo. No inicio trabalhei com o exercito, mas em 1974 o exercito foi embora. Então trabalhei para a policia.

Por volta de 1940 sai da China, para vir para Macau. Havia guerra (na China), guerra com os japoneses. Antigamente um tropa tirou fotografias connosco, depois deixou-me esta. A minha mãe, minha esposa, o meu filho. Um oficial ensinou-me que era melhor fazer negócio com aquela malta solteira.“Faz primeiro negóclo com os rapazes de Lisboa. Os rapazes de Lisboa gastam mais do que o que ganham. Gostam de gastar muito dinheiro, mas se tu lhas fixeres fiado, és capaz de náo receber o dinheiro.” Se náo é cliente náo deixa fotografia. A maioria das pessoas paga bem. Aqueles que náo pagam bem náo deixam fotografia, têm vergonha.

Eu tenho dois filhos, com cerca de 40 anos. Hâ um que trabalha em Hong Kong, e o outro ficou em Macau. As pessoas novas agora têm mais educação. Gostam pouco desta arte. Gostam de trabalha de secretaria. A vida é diferente. Estes aqui são patrões de lojas, o meu pai também era patrão, vendia roupa feita, fatos, calças e camisa. Agora não é tão bom como antigamente, é difernete. Agora há muita gente, muita confusão, muita movimento em Macau. Agora tenho de olhar para o futuro. Não ganho dinheiro, so ganho juizo.